UNEB - Campus V: o espaço da memória

UNEB Enviado por Campusv. -

sábado, 28 de agosto de 2010

Afrouneb

De acordo com o professor Denilson Lessa, o Núcleo Interdisciplinar de Estudos Africanos e Afro-brasileiros é fruto de uma trajetória que se iniciou desde 1994 na Universidade do Estado da Bahia, Campus V, por meio das discussões acerca das questões étnico-raciais e africanas.

Devido à amplitude dessas discussões, criou-se em conjunto com o colegiado de história o Laboratório de Cultura Negra, o qual ainda existe dentro da estrutura do colegiado, mas as atividades acontecem a partir do Núcleo Interdisciplinar de Estudo Africanos e Afro-brasileiros.

Em 2005, um grupo de professores das áreas de história, geografia e letras formataram um projeto e o enviaram para o MEC com o intuito de participar de um edital nacional promovido pelo Ministério de Educação e Cultura por meio da União Nacional Federativa da Cultura Afro-Brasileira (UNIAFRO). Mesmo concorrendo em esfera nacional o projeto foi selecionado e aprovado, no final de 2005 tiveram início às atividades do Programa Afro-UNEB.

Tendo como objetivo, o exposto na lei 10.639/2003, que obriga todas as escolas do Brasil a trabalhar com a história da África e cultura negra intensificaram-se as atividades desenvolvidas pelo Afro-UNEB, o qual criou núcleos de estudo, cursos de formação de professores da rede pública, pesquisas e produção de material didático.

O Professor Denilson considera extremamente positivo a criação do programa, uma vez que, foi conquista exclusiva do Campus V, além disso, o Departamento executou várias atividades, dentre elas, os cursos de formação de professores durante os anos em que funcionou – 2005 a 2008 – para outras regiões como Salvador, Senhor do Bonfim, Itaberaba, Conceição do Coitê, entre outros.

A proposta de aplicar esses cursos em outros departamentos surgiu no próprio DCH – Campus V, que após manter contatos iniciaram-se os cursos, contendo carga horária de 100 a 120 horas. Em Santo Antonio de Jesus, o programa formou dois grupos, a primeira e segunda etapa com trinta alunos cada e 90 h e 120 respectivamente. No total – em todas as regiões – foram beneficiados mais de 500 alunos ao longo dos três anos.

Ainda de acordo com o Professor Denilson o programa exigia muito tempo e muitos recursos financeiros, pois, a contratação e deslocamento dos professores, merenda e materiais didáticos eram mantidos pelos MEC por meio do UNIAFRO. Apesar disso, o programa cumpriu as metas que foram estabelecidas durante a publicação dos editais, deixando de existir em 2008 quando é transformado em núcleo.

Em consonância com a ata de 12/12/2008 cria-se o Núcleo Interdisciplinar de Estudos Africanos e Afro-brasileiros tendo como articulador o professor Denilson Lessa, na direção de Sônia Coutinho. Participaram da implantação do Núcleo Daniela Galdino, Miguel Cerqueira, Meire Lúcia Reis, Suely Santana dentre outros. A proposta de criação do núcleo não está ligada a nenhum colegiado, é um Núcleo de Departamento que contará com professores como: Suely Santana, Daniela Galdino, Maria Eunice, Elizângela Sales, Miguel Cerqueira e Meire Lúcia Reis. Tais professores têm o escopo de organizar e sistematizar pesquisas em torno de temas referentes à África e a cultura Afro-brasileira. A temática desse núcleo é muito diversificada, tendo em vista que envolve todos os cursos do Departamento.

Desde 2005, o programa foi coordenado pelo professor Denilson Lessa, mas com a extinção e conseqüentemente a criação do núcleo – AFROUNEB – no final de 2008, ocorreu algumas mudanças na estrutura administrativa, onde a coordenação passou a ser exercida de forma colegial, onde vários professores representam esse órgão. Dentre eles, podemos destacar a professora Ana Rita, Daniela Galdino, Miguel Cerqueira, Sandro Correia, Elizangela, Denilson Lessa, Wilson Mattos e Suely Santana.
Segundo a professora Suely, uma das atuais colaboradoras do núcleo, o nome Afro-Uneb foi mantido mesmo sendo extinto o programa, pois a credibilidade que o mesmo exercera foi fundamental para a representatividade da UNEB – Campus V.

Com o escopo de concretizar as ações afirmativas que são tão discutidas e problematizadas em eventos promovidos pela Universidade, e na perspectiva de adquirir reconhecimento interno, difundindo a questão ético-racial, desenvolve ações em prol da Universidade, voltadas para questões culturais, valores morais, éticos e mecanismos prático-educacionais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário